Unidade de Pronto-Atendimento de Copacabana possui
profissionais que falam inglês e espanhol, facilitando comunicação com
estrangeiros, pacientes cada vez mais frequentes
Com o aumento do números de turistas na cidade do Rio de Janeiro , sobretudo durante o verão e festas como o Carnaval,
profissionais que falam mais de uma língua vêm sendo cada vez mais
requisitados. No coração do bairro mais turístico da capital fluminense, quem
trabalha na UPA de Copacabana já está acostumado com um sotaque diferente por
lá. A demanda de atendimento a estrangeiros tem feito médicos, farmacêuticos e
enfermeiros "gastarem" suas habilidades em inglês e espanhol.
- Quando a equipe do acolhimento encontra alguma dificuldade
por conta da língua, eles me chamam. Recebemos turistas estrangeiros todos os
dias e é importante ter alguém que consiga se comunicar – observa o médico
Mauro Henrique de Lima, chefe de equipe na unidade, ressaltando que os casos
apresentados por estrangeiros costumam ser de pouca gravidade.
Não há uma estatística oficial, mas existe um fluxo diário
de estrangeiros na unidade, especialmente durante o verão. As principais causas
que levam os viajantes à UPA são insolação, mal estar e diarreia. Já houve
casos em que o paciente não falava nenhuma palavra de português nem inglês e
precisou ligar para um amigo ajudar o atendimento fazendo a tradução por
telefone.
- O turista era dinamarquês, estava fazendo um tratamento e
teve a mala e os medicamentos, extraviados na sua chegada ao aeroporto. Por
sorte conseguimos ajudá-lo – lembra.
Diferenças culturais -
O farmacêutico Stephan Nicollas também já se viu obrigado a usar seus
conhecimentos de inglês e espanhol no dia a dia. Entre um atendimento e outro a
pacientes de fora do Brasil, ele já observou: muitos estrangeiros ficam
receosos ao receber o medicamento na própria UPA.
- Não é comum em outros países que o paciente de um
pronto-atendimento receba o medicamento gratuitamente. Quando eles entendem que
aqui funciona assim, elogiam. Para trabalhar
nesta unidade faz diferença saber uma segunda língua. Estamos muito próximos de
vários pontos turísticos, os estrangeiros nos procuram muito - pondera
Nicollas.
Atendimento 'hermano' -
A vendedora argentina
Roxana Elisa Ojed, 23 anos, procurou a unidade na última segunda-feira (14/01)
com fortes dores na barriga. Ela estava na cidade desde o dia 10/01 e iria
embora no dia seguinte. Naquela manhã acordou com fortes dores e perguntou no
hotel em que se hospedava onde poderia ter atendimento médico.
- Eu achei que poderia ter algum problema por só falar
espanhol, mas o atendimento bastante rápido – elogia a turista, que só pensava
em sair dali para a praia .
Ela realizou exames, tomou medicação e foi liberada em seguida.
Grandes eventos no
Rio - Para receber a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas 2016, a cidade do Rio está
se preparando. Com a área de Saúde não poderia ser diferente. A Secretaria de
Estado de Saúde (SES) está cumprindo um cronograma de preparação que inclui a
organização de uma Câmara Temática de Saúde nacional, com representantes de
todas as esferas de governo, e outra local. As linhas de atuação da SES durante
os grandes eventos são a assistência (unidades de saúde) e a vigilância
(preparo de hoteis, rede de alimentação, ações de imunização e controle de
vetores e zoonoses).
FONTE: Governo
do Estado do Rio de Janeiro
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