Equipe do
PET decidiu estabelecer uma meta própria de fechar 2013 com 300 órgãos
captados. Em 2012 mais um recorde foi batido: 219 doações, quase o dobro do ano
anterior
O primeiro
dia do ano marcou também a primeira captação de órgãos pela equipe do Programa
Estadual de Transplantes. No dia 1o, data em que muitos estão ainda em ritmo
lento, aproveitando o que sobrou da ceia de Rèveillon, os médicos do PET
mostraram que a busca por órgãos que permitam novos transplantes é 24h por dia,
sete dias por semana.
A equipe
foi até Itaperuna e conseguiu captar com sucesso dois rins e um fígado, que
estão sendo transplantados entre quarta e quinta-feiras, dando nova chance de
vida a três pacientes que aguardavam na fila. Para isso, foi utilizada pela
primeira vez a aeronave adquirida pela Secretaria de Estado de Saúde pra
permitir transporte rápido de órgãos pelo estado.
A
Secretaria de Estado de Saúde adquiriu, através de licitação, um helicóptero
para atender a demanda crescente por transporte de órgãos no Rio de Janeiro. A
aeronave, orçada em R$ 8 milhões, já está ajudando a salvar mais vidas, já que
alguns órgãos precisam cruzar o estado em menos de uma hora para chegar ao seu
destino.
Recorde e meta ousada - Em 2012, foram 219 captações
de órgãos, quase o dobro do resultado de 2011. Isso fez a equipe do Programa
Estadual de Transplante ficar confiante em definir uma meta ousada para 2013:
300 captações ao final de 12 meses. O secretário de Estado de Saúde, Sérgio
Côrtes, disse que vai acompanhar e cobrar.
A espera
por um transplante de órgãos é uma realidade para mais de 23 mil brasileiros,
dos quais cerca de 1,6 mil vivem no Rio. Ocupando as últimas posições no país
na área de doação de órgãos até 2010, o estado registrou nos últimos dois anos
o maior avanço nacional, pulando para a atual terceira colocação no ranking. O
resultado é fruto de várias ações que tiveram início com a criação do PET.
– Segundo
dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Rio de
Janeiro triplicou a relação de doadores. Em uma medição feita por milhão de
habitantes, o estado passou de 5,1, em 2010, para 15, em 2012, número acima da
média brasileira, atualmente em 12,8 doadores por milhão de habitantes –
explicou o coordenador do PET, Rodrigo Sarlo.
Entre as
medidas que devem assegurar, em 2013, o avanço do Rio de Janeiro na área de
transplantes estão a adequação do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de
Castro (IECAC) para fazer cirurgias de transplantes; a criação dos polos de
órgãos, que vão atuar em todas as regiões para intensificar as captações com a
identificação de possíveis doadores e otimizar o processo da doação, desde a
notificação até a cirurgia; e a implantação do primeiro banco de multitecidos
para ossos, córneas e pele do país, e da unidade de avaliação e preparo de
pacientes para transplantes, para garantir que os pacientes na fila estejam com
os exames em dia e, portanto, aptos a receber o órgão assim que um doador
surgir.
O
enfermeiro Marcos Antonio dos Santos, de 31 anos, passou por dois transplantes
de rim. No primeiro, em 1999, o órgão foi rejeitado e após um ano, ele precisou
retornar às sessões de diálise três vezes por semana, 4 horas por dia. Em julho
de 2011, Marcos passou pelo segundo transplante e hoje comemora a qualidade de
vida reconquistada.
– Há 12
anos convivo com a realidade de quem aguarda por um transplante e percebo que
hoje as informações são mais transparentes e os pacientes contam com uma
assistência maior. Ter recebido um rim me trouxe novamente a possibilidade de
ter uma vida normal e feliz – disse Marcos, que atualmente trabalha com
pacientes que passam por transplante de coração em um hospital no município do
Rio de Janeiro.
FONTE: Governo
do Estado do Rio de Janeiro
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