Atendimentos
especializados a mulheres, crianças e idosos foram destaque na saúde do estado
este ano
A saúde da
mulher, da criança e do idoso ganhou destaque nos projetos inaugurados pela
Secretaria de Estado de Saúde (SES) durante o ano de 2012. Exames e
procedimentos inéditos na rede pública, um hospital novinho em folha exclusivo
para gestantes e um setor exclusivo para atendimento ao trauma do idoso foram
alguns dos serviços criados pela SES neste ano. Ao todo, são 10 novos
serviços e duas unidades à disposição dos usuários do Sistema Único de Saúde
(SUS).
A região da
Baixada Fluminense ganhou um grande incremento no atendimento à saúde da
gestante, em junho, com a inauguração do Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita,
que, ao lado do Hospital da Mulher Heloneida Studart (HMHS), em São João de Meriti,
recebe grávidas moradoras principalmente da Baixada e realiza partos de baixo e
médio riscos.
Desde sua
inauguração, a unidade já realizou cerca de 1.700 partos e mais de 22.500
consultas. Com investimentos de R$ 23 milhões em obras e equipamentos, o
Hospital da Mãe conta com 70 leitos de internação, oito de UTI Neonatal, 12
salas PPP, além de leitos de recuperação pós-anestesia, assistência a
recém-nascidos e centros cirúrgicos.
Em
2012, o HMHS iniciou um serviço voltado para pacientes portadoras de
neoplasia trofoblástica gestacional (NTG). A doença é identificada após a
mulher receber um exame positivo para gravidez. No entanto, após o ultrassom,
descobre-se que em vez de esperar um bebê, ela tem um tumor com potencial de se
tornar maligno. O serviço conta com uma equipe de oncologistas, ginecologistas,
obstetras e enfermeiros e atendeu 1.708 pacientes em 2012.
Saúde dos bebês - Também este ano, o HMHS passou a
oferecer o Teste do Coraçãozinho, realizado em todos os bebês que
nascem na unidade e indicado para identificar precocemente cardiopatias
complexas que exigem intervenção cirúrgica. Cerca de 30% das crianças que
nascem com o problema não desenvolvem sintomas. Com o teste, é
possível diminuir em 10% a mortalidade infantil.
Em
novembro, o estado do Rio de Janeiro foi incluído na fase III da Triagem
Neonatal (Teste do Pezinho) que detecta fibrose cística nos bebês. A
doença, de origem genética, é grave e afeta as glândulas exócrinas,
provocando alterações nos pulmões, pâncreas, fígado e intestino. Ainda
sem cura, pode causar deficiências progressivas e levar à morte. O exame,
oferecido gratuitamente nos postos de saúde e clínicas da família, deve ser
realizado entre o 3º e 5º dia de vida da criança, permitindo, dessa maneira, o
início mais rápido do tratamento. O Instituto Estadual de Diabetes e
Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede) é o responsável por receber os testes e
pelo diagnóstico da doença em todo o estado.
Outro
avanço está no diagnóstico precoce e tratamento de bebês com Retinopatia
da Prematuridade (ROP). Uma parceria firmada entre a SES e o Instituto
Fernandes Figueira vem diminuindo as chances desses bebês ficarem cegos. O
exame é indicado para prematuros e pode ser feito a partir da 4ª semana de vida
do recém-nascido. O exame se repete a cada duas semanas até a sua 40ª
semana, quando a retina do bebê já está totalmente vascularizada.
Saúde dos idosos - Não foram só os bebês que ganharam
atenção especial este ano. A inauguração do Centro de Estudo e Pesquisa do
Envelhecimento (CEPE) - gerenciado pelo Instituto Vital Brazil (IVB), na
Gávea - vem reunindo profissionais de saúde, universidades e sociedade civil
para realizar estudos, pesquisas e protocolos na área do envelhecimento, com
perspectiva de melhorar a qualidade de vida dos idosos. Lá, acontecem ainda
avaliações multidisciplinares de pacientes encaminhados pela rede de atenção
primária. A atividade subsidia a pesquisa, o ensino e a proposição de políticas
públicas na área do envelhecimento.
No atual
Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, o atendimento ao idoso também
recebe destaque com o Centro Estadual do Trauma do Idoso (CETI),
inaugurado em outubro. O
modelo do serviço foi elaborado com base em pesquisas internacionais que
constataram que, se operado em até 48h, o idoso vítima de trauma tem mais
chances de voltar a ter uma vida normal, com sua locomoção mantida. Foram
investidos mais de R$ 3,7 milhões no novo serviço, que conta com 30 leitos de
enfermaria, 5 de CTI, reforço no quadro de médicos especializados, além de
ambulâncias exclusivas para fazer a remoção rápida entre hospitais.
Uma
parceria do Governo do Estado com essa unidade permitiu que o hospital
passasse a ter seus serviços e estrutura parcialmente voltados para atender
pacientes do SUS. Agora, a unidade é referência para pacientes portadores de
HIV, hepatites virais e tuberculose. Além disso, a unidade vai realizar exames
para preparar pacientes para transplantes.
Procedimentos
cardíacos - No início de dezembro, o hospital passou a realizar todos
os tipos de cirurgia do coração, exceto a pediátrica. Desde outubro, são
realizados também procedimentos de hemodinâmica, sendo 10 cateterismos e
cinco angioplastias por dia.
Já
no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), a novidade
foi o início do procedimento de troca da válvula aórtica através de cateterismo
em pacientes que são considerados inoperáveis ou com alto risco cirúrgico. O
cateter é inserido em um corte na artéria femural do paciente, que leva a
válvula até o coração, sem a necessidade de parar o funcionamento do órgão. A
média de internação cai de 10 para quatro dias.
Mais um
reforço para tratamentos de doenças do coração foi a chegada da ressonância
magnética cardíaca ao Rio Imagem, que realiza também exame de mama. O
equipamento é o primeiro do tipo na rede pública disponível a todos os usuários
do SUS. Com investimento de R$ 2,8 milhões, a expectativa é que realize 40
exames de coração e 150 de mama por mês.
Dentistas nas UTIs - Antecipando o projeto de lei
aprovado no último dia 25 de dezembro no Congresso, a SES iniciou o projeto de
atendimento odontológico diário dentro das Unidades de Tratamento
Intensivo (UTIs) dos hospitais da rede própria. O objetivo é reduzir a
proliferação de bactérias que surgem por conta da má higienização bucal e que
podem contaminar não só o paciente, mas toda a UTI. Implementado no Hospital
Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, o projeto está na fase de capacitação
de profissionais. A ideia é criar um protocolo único de atendimento que será
estendido para todas essas unidades.
FONTE: Governo
do Estado do Rio de Janeiro
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