Cinco
unidades da rede estadual de saúde recebem a visita dos grupos teatrais da ONG Doutores
da Alegria. Projeto já realizou mais de 30 apresentações só em 2012
A partir de segunda-feira (20/08), o
projeto Plateias Hospitalares inicia nova etapa de apresentações
nas unidades da rede estadual de saúde. Parceria firmada em 2009 entre a ONG
Doutores da Alegria e a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o projeto leva arte,
por meio de apresentações teatrais, musicais e circences até sete
unidades hospitalares.
A semana começa no Hospital Estadual Santa Maria, às 11h. Segue
na terça-feira (21/08), às 14h, no Hospital Estadual Tavares de Macedo; na
quarta-feira (22/08), às 14h, no Hospital Estadual Alberto Torres; e na
quinta-feira (23/08), às 15h, no Hospital Estadual Eduardo Rabelo. As
apresentações prosseguem na última semana de agosto.
O Plateias Hospitalares é um desafio mesmo
para a experiente equipe dos Doutores: é a primeira vez que os artistas incluem
adultos e idosos na plateia. Antes eles só frequentavam as alas de
pediatria dos hospitais.
- Com
o Plateias Hospitalares chegamos a adultos e idosos, não apenas
às crianças. Precisamos levar em consideração as particularidades de
cada hospital, escolher que música tocar, que cenário usar, é tudo diferente. É
a ampliação da nossa missão – avalia o coordenador artístico
do Doutores da Alegria, Fernando Escrich.
Ao longo de
2012, a
ONG já levou atores, músicos e palhaços a cerca de 30 apresentações, num
rodízio mensal entre sete unidades de saúde. As visitas começaram em
março.
Um dia
do Plateias Hospitalares - As lágrimas de dona Teresinha de Aquino
eram uma mistura de alegria e tristeza. Numa sala do Hospital
Estadual Eduardo Rabelo, em
Campo Grande ,
pessoas de todas as idades refletiam em seus rostos sentimentos tão diferentes
quanto complementares. No palco improvisado, quem despertava boas lembranças no
público era a Companhia Flor no Peito, que levou ao hospital o espetáculo
“Triciclo”, uma fábula sobre a amizade entre dois palhaços contada através de
teatro de bonecos e música ao vivo.
- Meu
marido está internado aqui. É triste pois ele está sofrendo e eu não
posso fazer nada. A peça serviu para descontrair. Amei eles terem vindo! Estou
voltando a ser criança. É um momento de respiro nesses dias tão difíceis.
Sentimos o carinho, alento, respeito e compreensão dos artistas – afirmou dona
Teresinha, de 64 anos, que fez questão de abraçar e beijar os atores ao final da
apresentação.
Hospitais participantes - Na etapa 2012, participam do
projeto as seguintes unidades: Hospital Estadual Rocha Faria, Hospital Estadual
Tavares de Macedo, Hospital Estadual Azevedo Lima, Hospital Estadual Adão
Pereira Nunes e Hospital Estadual Alberto Torres, além do Hospital Estadual
Eduardo Rabelo. A programação é formada por sete espetáculos
selecionados pela ONG por meio de edital. As apresentações acontecem uma vez
por mês em cada unidade.
Os artistas
selecionados fazem adaptações de linguagens, cenário, música, sempre levando em
conta o espaço em que o trabalho será apresentado e o público. Para as unidades que não contam com teatro, por exemplo,
é escalado o grupo Bando de Palhaços, com seis artistas que visitam os
pacientes leito a leito. Seja em cima de um palco ou percorrendo as
enfermarias, os artistas nunca passam despercebidos, despertando emoções e, em
alguns casos, influenciando na melhora de quem está internado.
- É gostoso ouvir o relato dos profissionais sobre o impacto
desse trabalho no cuidado que eles têm e das reações dos pacientes. Houve uma
coordenadora de enfermagem que nos contou de um paciente internado no CTI há
dias sem interação e que, com a entrada delicada do grupo de palhaços,
movimentou os dedos das mãos, respondendo ao canto dos artistas – lembrou a
psicóloga Tatiana Clarkson, da equipe de Humanização da SES
e uma das responsáveis pela parceria com a ONG.
FONTE: Governo
do Estado do Rio de Janeiro
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