Em março de
2012, o médico Christian Campos Ferreira se deparou com o maior desafio de
sua carreira. Aos 42 anos, e 15 dedicados à medicina, ele foi convidado
para assumir a direção do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, uma das
maiores emergências da rede pública na Baixada Fluminense. O médico,
especializado em cirurgia e pós-graduado em gestão hospitalar, completou
recentemente 100 dias à frente da unidade. Nesse meio tempo, vem chamando
atenção por seu desempenho, com uma administração marcada por bons índices
e pela eficiência.
Até o início do ano você coordenava a UPA de
Botafogo. Como surgiu o convite para dirigir um hospital com a importância
e o tamanho do HEAPN?
Recebi o
convite da SES e encarei como uma oportunidade única. Por isso, aceitei na
hora. Confesso que fiquei até lisonjeado, por ser escolhido entre vários
profissionais altamente qualificados. Gerenciar um hospital de alta
complexidade com três mil profissionais e as dimensões do Adão Pereira
Nunes é um desafio constante. Sem dúvida, o maior da minha carreira.
Já se passaram 100 dias desde que você assumiu
a direção. Que balanço é feito desse período?
Faço um
balanço positivo. A nova direção foi bem acolhida pelos profissionais da
unidade. Nesse período conseguimos desatar alguns nós críticos, como na
ortopedia. Também reformulamos o centro cirúrgico, contratamos novos
anestesistas, entre outros profissionais. Com isso, percebemos um salto
qualitativo e quantitativo na unidade. Só em maio, por exemplo, fizemos
mais de 600 procedimentos cirúrgicos.
Qual foi a principal mudança adotada na
unidade?
Implantamos
uma gestão colegiada e participativa, em que todos os agentes responsáveis
são ouvidos. Hoje, o hospital tem uma administração que privilegia o
coletivo. Aperfeiçoamos o Núcleo Interno de Regulação, diminuindo o tempo
de permanência na emergência. Além disso, aumentamos a eficiência dos
setores de internação e alta, também ampliamos as equipes de enfermagem e
ortopedistas em toda a unidade.
O hospital recebe diariamente muitos pacientes
graves. Qual a maior dificuldade no atendimento?
Além de oferecer um cuidado adequado ao paciente de
urgência, queremos dar um acolhimento humanizado para o acompanhante. Nosso
desafio é melhorar essa relação, informando e levando conforto ao parente
de quem está internado.
FONTE: Governo
do Estado do Rio de Janeiro
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