Entre as
unidades visitadas pelo grupo, estão o Rio Imagem e Upa de Copacabana
Um grupo com 25 membros do Comitê de Saúde e Bem-Estar do
Parlamento Sueco passou esta sexta-feira, 31 de agosto, visitando unidades
públicas de saúde estaduais e municipais do Rio de Janeiro. Com o objetivo de ver de perto o trabalho
realizado por instituições públicas em países em desenvolvimento, o grupo
conheceu o Rio Imagem – centro de diagnóstico por imagem da Secretaria de
Estado de Saúde (SES) –, a UPA Copacabana, a Clínica da Família do
Catumbi e a Coordenação de Emergência Regional Professor Nova Monteiro,
no Leblon.
- Esta é
uma ótima oportunidade de termos contato com um pouco da excelência da saúde
pública sueca, modelo que gostaríamos muito de aprender sobre. Os participantes
do comitê terão a oportunidade de visitar eixos da atenção à saude no
estado e ver como funcionamos. Tenho orgulho de termos um sistema de saúde
pública universal, onde 200 milhões de brasileiros têm acesso de forma
gratuita, igualitária e integral. Vivemos uma situação grave de financiamento
nessa área, apenas 3,5% do PIB é aplicado em saúde e o investimento per capita
é de somente 300 dólares por ano, metade do que Chile e Argentina aplicam, por
exemplo. Mas mesmo com essas dificuldades, o SUS é responsável por todas as
ações consideradas de alta complexidade, custeia praticamente 100% dos
transplantes, entre muitas outras ações. É um grande desafio oferecer saúde de
qualidade com poucos recursos, mas esperamos que com as visitas vocês possam
entender o que estamos fazendo e trocar experiências – discursou o secretário
de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes.
Na Suécia,
segundo a chefe do comitê, Lena Hallengren, todos os cidadãos
também têm direito ao serviço de saúde pública, mas alguns procedimentos, mesmo
que a preços módicos, são cobrados, como consultas, internação, remédios.
- Queremos
compreender como funciona o sistema. Me agrada saber que o atendimento em saúde
não é fragmentado, mas me intriga entender como se consegue isso em um país com
dimensões tão grandes como o Brasil. Pra se ter uma ideia, um posto de saúde na
Suécia atende cerca de 2 mil habitantes, então os médicos conhecem o histórico
de cada paciente, que são atendidos pelo nome. Só que nós temos apenas 288
municípios em todo o país e vocês têm mais de 5,5 mil. Deve ser muito difícil,
mas gostei muito do que vimos aqui – contou Lena.
SUS - A agenda do comitê começou às 9h no
auditório da SES com apresentação da subsecretária de Atenção à Saúde,
Monica Almeida, sobre o papel do SUS no país, sua organização e atribuições.
- A
Secretaria de Estado de Saúde está à frente de muitos projetos importantes
como as salas de estabilização, os programas de combate à dengue, Aids e
tuberculose, coordenação do programa de transplantes, distribuição de
medicamentos especializados, serviços móveis de imagem, serviços de média e
alta complexidade, UTIs neonatal, cirurgias cardíacas pediátricas, cirurgia
bariátrica e, além disso, exerce papel pioneiro na concepção e execução das
UPAs, modelo copiado em todo o Brasil e na Argentina - explicou Monica.
DST/AIDS - O grupo, formado por parlamentares
suecos, alguns deles profissionais da saúde, assistiu ainda a uma apresentação
sobre o Programa DST/AIDS, feita pelo superintendente de Vigilância
Epidemiológica e Ambiental, Alexandre Chieppe. Durante a explanação, os
parlamentares puderam conhecer o panorama da doença no país e o trabalho
realizado pela SES para prevenir e tratar o problema.
- Temos
hoje no Brasil 630 mil pessoas com Aids no país, 217 mil em terapia com
antiretrovirais na rede pública e 250 mil que não sabem sobre sua condição
sorológica. Através do nosso programa, além do tratamento, realizamos testes
rápidos em ações que promovemos no metrô, em praças públicas, eventos, shows,
pois o público-alvo das campanhas não vai aos serviços de saúde, então nós
vamos onde eles estão. Em 2011, distribuímos 25 milhões de camisinhas em todo o
estado e colocamos dispensers com preservativos em prédios públicos, escolas,
etc - detalhou Chieppe.
Do Rio de Janeiro , o grupo
segue para Argentina e Chile com o
mesmo objetivo: ter contato com os projetos desenvolvidos pelos sistemas de
saúde pública dos dois países.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
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