Recursos de
R$ 50,5 milhões permitirão o aumento do número e da qualidade dos transplantes
e das cirurgias eletivas, entre outros procedimentos
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou, nesta
sexta-feira (20), em São
Paulo , novos recursos a serem passados anualmente para o Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), no valor de R$
31,6 milhões, e para o Instituto do Coração (Incor), no total de R$ 18,6
milhões. Os recursos de custeio permitirão qualificar e ampliar o número de
transplantes realizados, o aumento de cirurgias eletivas e de implantação de
marca-passos cardíacos, além de reforço nas cirurgias neurológicas e
ortopédicas.
“Este é um incentivo global para todo o complexo do HC para
que a unidade, o Incor e também a Faculdade de Medicina possam ofertar aquilo
que a população mais precisa”, disse o ministro Alexandre Padilha que também
destacou: “Não é só o repasse de recursos, é o reconhecimento da importância da
instituição. O complexo é relevante para a cidade para o Estado de São Paulo,
para o Brasil e para a America Latina no atendimento à população, e também na
formação de profissionais de saude”.
Para o ministro Alexandre Padilha, essa parceria é
fundamental para ampliar o acesso da população de São Paulo e de todo o País a tratamentos mais
complexos. “Ao repassar recursos a esses hospitais, o Ministério da Saúde
estabelece uma meta de número de cirurgias a serem realizadas, buscando reduzir
o tempo de espera por cirurgias para tratamentos mais complexos. A proposta é
que o Hospital das Clínicas e o Incor funcionem com mais capacidade e com mais
recurso do Ministério, para atender melhor toda à população”, afirma Padilha.
Os novos aportes ampliarão o atendimento do HC e do Incor,
que atualmente são habilitados em diversas especialidades de alta complexidade,
como tratamentos da obesidade grave, auditivo, cardiovascular, neurológico,
terapia nutricional e traumato-ortopedia, além de serem referência no
tratamento cardiológico e no atendimento terciário a gestação de alto risco. De
65 mil internações realizadas ao ano, aproximadamente de 1,8 mil são de
usuários de outros estados do País, que buscam tratamento para tratamentos
complexos.
O Incor e o HC, juntos, contam com 2.053 leitos,
representando 6,04% do total de leitos existentes na cidade de São Paulo . Os dois hospitais correspondem
ainda por 9,57% das internações (65.152) do estado, por 23,39% dos atendimentos
neurológicos (2.154), e por 15,26% de todos os transplantes que são realizados
na cidade (42.786). O HC tem ainda 220 leitos de UTI Adulto, Infantil,
Neonatal, queimados e doador. No ano de 2011, a taxa de ocupação desses leitos foi
80%. Já o INCOR dispõe de leitos de UTI Adulto, Infantil e Neonatal, num
total de 145 leitos. No ano de 2011
a taxa de ocupação desses leitos foi 76%.
MAIS RECURSOS – O
novo anúncio do ministro soma-se aos investimentos federais que já são
repassados para custeio da produção ambulatorial e hospitalar. Em 2011, para o
HC, este valor totalizou R$ 250 milhões. Atualmente, para reforçar a realização
de transplantes, o hospital tem reforço de recursos no valor de R$ 19,2
milhões, na forma de incentivos. Isso porque o HC passou a ser contemplado pela
Portaria nº 845, de 02 de maio de 2012, que reajusta o valor de transplantes e
cria incentivos de desempenho.
Já para o Incor, o Ministério da Saúde repassou, só no ano
passado, R$ 109,5 milhões para custeio da produção ambulatorial e hospitalar. Assim
como acontece
com o HC, nestes valores também estão contidos incentivos e recursos da
produção de serviços. O Instituto do Coração também foi contemplado pela
Portaria nº 845de 2012. Ou seja, já se encontram garantidos para a ampliação da
realização de transplantes, na forma de incentivos, R$ 2 milhões. O valor será
liberado de acordo com a produção do hospital.
EQUIPAMENTOS – Ainda para o Incor, neste ano, o ministro da
Saúde anunciou investimentos de R$ 8,9 milhões para modernização de
equipamentos. Os recursos serão destinados para a compra de equipamentos
para atualização tecnológica do Instituto e para a implantação do programa
Telessaúde Brasil. Os equipamentos serão utilizados em serviços de hemodiálise,
centro cirúrgico, UTI (adulto e neonatal), lavanderia e serviço de diagnóstico
por imagens. O pacote de aquisições inclui também um tomógrafo multislice,
aparelhos de ultrassom e de ecocardiograma, além 80 monitores e quatro centrais
de monitorização de pacientes em estado crítico.
Além do aporte de R$ 8,9 milhões nos equipamentos, o Incor
também receberá recurso de R$ 991 mil para implantação de projeto-piloto dentro
do Programa Telessaúde Brasil Redes. Com ele, especialistas do Incor oferecerão
orientação à distância aos prontos-socorros do Sistema Único de Saúde (SUS) da
Zona Oeste de São Paulo.
FONTE: Ministério
da Saúde
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