segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Volta às aulas

Especialistas do Into fazem uma lista de cuidados que pais e professores devem ter com as crianças

No início do ano letivo, a garotada está ansiosa para encontrar os amigos, usar o material escolar e o uniforme novo, conhecer os professores. Em meio à tanta empolgação, pais e professores devem estar atentos aos cuidados básicos a serem tomados com as crianças. Os especialistas do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) fazem uma lista de observações a serem levadas em conta como o uso correto das mochilas, a postura recomendada em sala de aula, o calçado adequado para o ambiente escolar e a prevenção de acidentes durante as brincadeiras.

O uso correto da mochila é um quesito importante que pode evitar dores e deformidades. O especialista em coluna Luiz Eduardo Carelli, avisa que diante de tantas opções no mercado, o importante é pensar na saúde da coluna e dos ombros. Pesquisas já revelaram que o peso adequado a ser transportado em uma mochila é de no máximo 10% do peso corporal. Por isso, a sugestão é arrumar a mochila diariamente, segundo as necessidades das aulas do dia seguinte. “O caderno de 10 matérias pode ser substituído por um caderno para cada matéria. Ou pode-se adotar o esquema de fichário, em que o aluno leva para a escola apenas as folhas da matéria em questão”, ensina Carelli. Vale ainda dar preferência para os modelos de alças alcolchoadas com largura que não excedam o tamanho do dorso da criança e com altura sobre a região da cintura. Outro ponto importante é ajustar a bolsa ao tronco e carregá-la sobre os dois ombros. “Jamais usá-las sobre um só ombro. A sobrecarga em um lado do corpo pode ocasionar problemas de postura, como escoliose e cifose, e sérias dores”, complementa.

O ortopedista lembra ainda a importância da postura em sala de aula e faz um alerta para os professores. “Muitos alunos têm mania de inclinar o corpo para frente no momento de escrever. É importante sinalizar a garotada a manter uma postura ereta, com as costas apoiadas na cadeira. È papel dos pais observar se as cadeiras da escola são adequadas, de maneira que tenham um tamanho compatível com as mesas”, acrescenta.

O calçado para a escola também deve ser motivo de preocupação. De acordo com o especialista em ortopedia infantil Pedro Henrique Mendes, os sapatos ideais para crianças têm que ser maleáveis, tanto no comprimento, quanto na largura e devem manter a base do pé estável no chão. Vale optar pelos calçados leves, com solados e palmilhas flexíveis. Saltinhos não são permitidos pois podem facilitar a perda do equilíbrio, gerando quedas. Ou seja, eles não são problemas somente na formação dos pés. Podem também ocasionar outros tipos de traumas ortopédicos. Os pais devem acostumar os filhos desde bem pequenos com calçados macios e confortáveis, que respeitem a fisiologia dos pés infantis. O mercado hoje em dia oferece muitas opções modernas, que seguem as tendências da moda e tecnologicamente preocupadas com o desenvolvimento saudável dos pés das crianças. A sugestão é se informar sobre as características do produto antes de comprar.

Na hora da brincadeira, toda atenção é pouca para que sejam evitadas quedas e, consequentemente, traumas e lesões. Segundo dados do National Pediatric Trauma Registry (NPTR, serviço norte americano de registro de trauma pediátrico), acidentes relacionados a atividades recreativas e esportivas são mais freqüentes entre 5 e 14 anos de idade. Entre crianças de 1 a 4 anos, acontecem com freqüência razoável quedas de móveis, da cama, de equipamentos de recreação, de degraus, de escadas e de altura. De acordo com o especialista em traumas do Into, Leonardo Rocha, é importante conhecer o ambiente da brincadeira e, dessa maneira, investir em prevenção com uso de equipamentos de segurança e instruções que começam já em casa.

FONTE: INTO

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