Mais um
recorde foi atingido e já houve 212 captações de órgãos em 2012
Acaba de
chegar o novo investimento da secretaria de Estado de Saúde. Adquirido por
licitação por R$ 8 milhões, o helicóptero vai atender demanda crescente por
transporte de órgãos no Rio de Janeiro. Batendo recorde atrás de recorde, o
Programa Estadual de Transplantes tem demandando cada vez mais, já que alguns
órgãos precisam cruzar o estado em menos de uma hora para chegar ao seu destino
e salvar vidas. Até agora, já foram captadas 212 doações de órgãos em 2012,
quase o dobro do ano passado.
A árdua espera por um transplante de órgãos é uma realidade para mais de 23 mil
brasileiros, dos quais cerca de 1.600 vivem no Rio de Janeiro. Ocupando a
lanterna no país na área de doação de órgãos até 2010, o estado registrou nos
últimos dois anos o maior avanço nacional, pulando para a atual 3º posição no
ranking. O resultado é fruto de várias ações que tiveram início com a criação
do Programa Estadual de Transplantes (PET).
- Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o
Rio de Janeiro triplicou a relação de doadores. Em uma medição feita por milhão
de habitantes, o estado passou, em 2010, de 5,1 para 15, em 2012, número acima
da média brasileira, atualmente em 12,8 doadores por milhão de habitantes. A
importância deste recorde está nas centenas de vidas que foram salvas por meio
dos transplantes realizados – explica o coordenador do PET, Rodrigo Sarlo.
Para 2013 – Entre as medidas
que devem assegurar o avanço do Rio de Janeiro na área de transplantes estão a
adequação do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC) para
fazer transplantes de rins, pâncreas e coração; a criação dos polos de captação
de órgãos, que vão atuar em todas as regiões do estado no intuito de
intensificar as captações com a identificação de possíveis doadores e otimizar
o processo da doação, desde a notificação até a cirurgia de captação; a criação
do primeiro banco de multitecidos para ossos, córneas e pele do país e a
unidade de avaliação e preparo de pacientes para transplantes, para garantir que
as pessoas na fila de transplantes estejam com os exames em dia e, portanto,
aptos a receber o órgão assim que um doador surgir.
Recomeço – O enfermeiro Marcos
Antonio dos Santos, 31 anos, passou por dois transplantes de rim. No primeiro,
em 1999, o órgão foi rejeitado e após um ano, ele precisou retornar às sessões
de diálise três vezes por semana, 4 horas por dia. Em julho de 2011, Marcos
passou pelo segundo transplante e hoje comemora a qualidade de vida
reconquistada.
- Há 12 anos convivo com a realidade de quem aguarda por um transplante e
percebo que hoje as informações são mais transparentes e os pacientes contam
com uma assistência maior tanto na fase de pré-transplante até o
pós-transplante. Ter recebido um rim me trouxe novamente a possibilidade de ter
uma vida normal e feliz – conta Marcos, que hoje trabalha com pacientes
que passam por transplante de coração em um hospital no município do Rio.
FONTE: Governo
do Estado do Rio de Janeiro
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