Quinze
milhões de motivos para se orgulhar. De maio de 2007 até agora, o Rio de
Janeiro ganhou 52 Unidades de Pronto Atendimento distribuídas por todas as
regiões do estado. A importância das UPAs para a organização da rede de saúde
hoje é inegável; as unidades ajudam a reduzir o fluxo nas grandes emergências,
uma vez que a taxa de resolutividade dos casos atendidos nas UPAs ultrapassa
99%. E os números são superlativos; a marca de 15 milhões de atendimentos
acaba de ser batida. Além disso, mais de 108 milhões de medicamentos foram
distribuídos à população; e 13 milhões de exames laboratoriais e de raios-X
realizados.
- Há pouco mais de cinco anos, esses pacientes tinham que disputar
por vagas em postos de saúde, pronto-socorros e emergências, muitas
vezes lado a lado com pacientes em estado grave. O Governo do Estado do
Rio de Janeiro não pensou a UPA para substituir algum
modelo já existente, mas sim para compor, junto às outras unidades, uma rede
organizada desaúde", destacou o secretário de Estado de Saúde, Sérgio
Côrtes.
Estrutura - Juntas, as 52 UPAs
somam 208 leitos em salas de cuidados intensivos, 680 leitos em salas de
cuidados semi-intensivos e 413 consultórios. Cinco delas estão passando
pelo processo de acreditação da Joint Comission International (JCI), principal
referência quando o assunto é qualidade em instituições de saúde. São elas:
Maré, Botafogo, Tijuca, Penha e Engenho Novo. O objetivo da Secretaria de
Estado de Saúde é levar o projeto para todas as demais unidades.
Mudança de cultura. A superintendente de Unidades Próprias da Secretaria de
Estado de Saúde, Valéria Moll, afirma que a criação das UPAS provocou uma
mudanças de comportamento na população, que às vezes não conseguia atendimento
e acabava optando pela automedicação.
- Lembro que quando fui coordenadora da primeira UPA, a da Maré, conheci uma
senhora, que me agradeceu muito porque tinha ido ao médico pela primeira vez em
60 anos de vida. De acordo com a senhora, ela nunca conseguia ser atendida e
sempre acabava se automedicando. Com a criação das UPAs, essa cultura acabou
mudando, uma vez que todos podem ter acesso a atendimento de emergência de
qualidade – , recorda Valéria Moll.
Pioneirismo é com as UPAs - As
unidades são pioneiras mais uma vez na implantação do modelo das OSs,
organizações sociais sem fins lucrativos que passarão a administrar bens e
equipamentos das unidades, utilizando modernas técnicas de gestão e
estabelecendo uma relação de parceria entre o Estado e a sociedade. As unidades
serão as primeiras da rede a receber o modelo, mas o controle de fiscalizar e
garantir a eficiência das políticas públicas de saúde continuará sendo do
Governo do Estado. A implementação dessa nova forma de administração tem como
objetivos reduzir custo, melhorar a gestão e garantir um atendimento de
qualidade à população.
Chip para controle de patrimônio – Em
julho deste ano, a inauguração da 49ª UPA, em Mesquita, marcou também a entrada
de uma nova tecnologia nas unidades: a utilização de microchips eletrônicos
instalados nos equipamentos, medicamentos, rouparia e jalecos da unidade. Sensores
espalhados em vários pontos da UPA detectam tudo o que sai e entra – dos
funcionários às caixas de medicamentos e insumos, passando pelo mobiliário e
material que vai para lavanderia.
- Ousamos em 2009 quando colocamos o ponto biométrico e estamos ousando
novamente agora colocando o chip para controlar patrimônio, frequência e
permanência na UPA . A nossa grande preocupação é com a população, para
que ela não seja desassistida. O objetivo é garantir ainda mais que aquilo que
o Estado esteja efetivamente pagando em salários e recursos seja revertido em
atendimento à população. Para isso vamos implantar todos os mecanismos de
controle necessários para a população ter atendimento ainda melhor – disse o
secretário Sérgio Côrtes.
ASSISTA A VÍDEO SOBRE AS UPAS:
Como funcionam – As UPAs
oferecem serviço de pediatria, odontologia e urgências clínicas, além de exames
laboratoriais e salas de Raios-x, sutura, gesso, medicação e nebulização. Elas
contam também com unidade de cuidados
intensivos e semi-intensivos, com leitos adultos e infantis. Têm
ainda sala de observação individual para que pacientes com doenças
infectocontagiosas, como tuberculose e meningite, possam receber os primeiros
cuidados até serem transferidos para um hospital.
FONTE: Governo
do Estado do Rio de Janeiro
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