Representantes de oito instituições públicas que atuam nas
áreas de segurança e medicina nuclear participaram de uma mesa-redonda
realizada na segunda-feira, dia 12 de novembro, no auditório do Instituto de
Engenharia Nuclear (IEN), unidade da CNEN no Rio de Janeiro . O objetivo principal foi
ouvir contribuições para a formatação de um mestrado profissional sobre o uso
seguro da radiação em saúde pública. Outros modelos pedagógicos discutidos
foram minicursos à distância e cursos presenciais de especialização de curta
duração.
Este foi o segundo encontro promovido pelo grupo de trabalho
criado em fevereiro por servidores do IEN e do Centro de Estudos da Saúde do
Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) da Fundação Oswaldo Cruz. O grupo é
composto por quatro integrantes de cada instituição e pretende propor cursos de
capacitação de profissionais da rede pública de saúde frente às crescentes
aplicações médicas de raios X e radiações ionizantes. A primeira mesa-redonda
foi realizada em junho, na Fiocruz.
Além dos integrantes e colaboradores diretos do grupo,
estavam presentes, como
convidados, os médicos Guilherme Franco Netto, do Departamento de Vigilância
Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde (DSAST-MS), e Jaime
Mendes, do Hospital das Forças Armadas do Galeão (HFAG).
Foram
identificados vários perfis de clientes em potencial para os cursos, conta o
coordenador do encontro, o físico Julio Cezar Suita, um dos representantes do
IEN no grupo: “Percebemos que a demanda é muito grande: médicos do trabalho,
inspetores da Vigilância Sanitária, profissionais de saúde em geral, que devem
estar preparados para lidar com radiopatologias."
Segundo Suita, a grade de disciplinas do mestrado está sendo
organizada por módulos (exigíveis, especializadas e eletivas), de forma a
atender vários perfis de formação. Algumas categorias profissionais, acredita,
serão melhor atendidas pelos cursos de curta duração.
Um dos
fundadores do Programa de Pós-Graduação do IEN e atual diretor do Instituto,
Paulo Berquó de Sampaio apontou o caráter multidisciplinar do mestrado e
sugeriu ao grupo buscar apoio e orientação da Capes. “Se o perfil é
múltiplo, é preciso saber onde submeter a proposta no sistema educacional
brasileiro’, ponderou.
Outro ponto
importante da mesa-redonda, ressalta Suita, foi ter a participação de
representantes de instituições que têm competência reconhecida nessa área de
capacitação profissional, como Maria Tereza Leite, diretora da Fundação
Eletronuclear de Assistência Médica (Feam), Carlos Eduardo Veloso de Almeida,
do Laboratório de Ciências Radiológicas da Universidade Estadual do Rio de
Janeiro (LCR/Uerj), e Lidia Vasconcelos, do Instituto de Radioproteção e
Dosimetria (IRD/Cnen). Integrante do grupo de trabalho, Arnaldo
Lassance, do Cesteh, lembrou que é fundamental não sobrepor esforços: “As
linhas de formação já existentes devem ser fortalecidas, não duplicadas.”
FONTE: CNEN
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