quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Grupo IEN-Fiocruz discute mestrado em saúde pública e uso médico de radiações

Representantes de oito instituições públicas que atuam nas áreas de segurança e medicina nuclear participaram de uma mesa-redonda realizada na segunda-feira, dia 12 de novembro, no auditório do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), unidade da CNEN no Rio de Janeiro. O objetivo principal foi ouvir contribuições para a formatação de um mestrado profissional sobre o uso seguro da radiação em saúde pública. Outros modelos pedagógicos discutidos foram minicursos à distância e cursos presenciais de especialização de curta duração.

Este foi o segundo encontro promovido pelo grupo de trabalho criado em fevereiro por servidores do IEN e do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) da Fundação Oswaldo Cruz. O grupo é composto por quatro integrantes de cada instituição e pretende propor cursos de capacitação de profissionais da rede pública de saúde frente às crescentes aplicações médicas de raios X e radiações ionizantes. A primeira mesa-redonda foi realizada em junho, na Fiocruz.

Além dos integrantes e colaboradores diretos do grupo, estavam presentes, como convidados, os médicos Guilherme Franco Netto, do Departamento de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde (DSAST-MS), e Jaime Mendes, do Hospital das Forças Armadas do Galeão (HFAG).

Foram identificados vários perfis de clientes em potencial para os cursos, conta o coordenador do encontro, o físico Julio Cezar Suita, um dos representantes do IEN no grupo: “Percebemos que a demanda é muito grande: médicos do trabalho, inspetores da Vigilância Sanitária, profissionais de saúde em geral, que devem estar preparados para lidar com radiopatologias."

Segundo Suita, a grade de disciplinas do mestrado está sendo organizada por módulos (exigíveis, especializadas e eletivas), de forma a atender vários perfis de formação. Algumas categorias profissionais, acredita, serão melhor atendidas pelos cursos de curta duração.

Um dos fundadores do Programa de Pós-Graduação do IEN e atual diretor do Instituto, Paulo Berquó de Sampaio apontou o caráter multidisciplinar do mestrado e sugeriu ao grupo buscar apoio e orientação da Capes. “Se o perfil é múltiplo, é preciso saber onde submeter a proposta no sistema educacional brasileiro’, ponderou.

Outro ponto importante da mesa-redonda, ressalta Suita, foi ter a participação de representantes de instituições que têm competência reconhecida nessa área de capacitação profissional, como Maria Tereza Leite, diretora da Fundação Eletronuclear de Assistência Médica (Feam), Carlos Eduardo Veloso de Almeida, do Laboratório de Ciências Radiológicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (LCR/Uerj), e Lidia Vasconcelos, do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/Cnen). Integrante do grupo de trabalho, Arnaldo Lassance, do Cesteh, lembrou que é fundamental não sobrepor esforços: “As linhas de formação já existentes devem ser fortalecidas, não duplicadas.”

FONTE: CNEN

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