Hoje é Dia
Mundial do Acidente Vascular Cerebral. Rio de Janeiro tem trabalho inédito de
sucesso na aplicação de trombolítico e diminuição ou eliminação de sequelas de
pacientes com derrame. Governo do Estado será o primeiro a criar uma unidade
exclusiva para este tipo de atendimento: o Hospital Estadual do Cérebro, que
está sendo finalizado no Centro do Rio
No Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), a
Secretaria de Estado de Saúde destaca os investimentos que estão sendo feitos
na saúde pública do estado para melhor lidar com a doença, que está entre as
mais letais do mundo. Popularmente conhecido como derrame, o AVC atinge 16 milhões de
pessoas no mundo a cada ano. De acordo com o Ministério da Saúde, destes, seis
milhões morrem (38%).
Entre as iniciativas do
Governo do Estado está a criação de uma Central de Neurologia, que funciona
desde outubro de 2010 no Hospital Estadual Getúlio Vargas, e já atendeu mais de
100 pacientes a partir da adoção de um protocolo de AVC, com taxa de sucesso de
95%. Esta central conta com oito neurologistas, que trabalham em plantões de
24h, recebendo chamados de todas as unidades da rede estadual de saúde.
Caso um
hospital ou uma UPA identifiquem um paciente com sintomas de AVC isquêmico, a
central é acionada para fazer as primeiras avaliações com a unidade de origem
do paciente. Se for detectado que o primeiro sintoma de AVC ocorreu em menos de
4h30, é aplicado o trombolítico e o paciente removido para o HEGV, onde recebe
todo o acompanhamento. Na maioria dos casos, as sequelas do derrame são
revertidas ou diminuídas significativamente.
Tal trabalho, coordenado pela médica Flávia Abido, foi convidado a ser
apresentado no Congresso Mundial de AVC este ano. E será usado como base para
as ações do futuro Hospital Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, que está sendo
finalizado no Centro do Rio (onde funcionava o antigo INTO). Hoje, além do
HEGV, apenas duas outras unidades particulares de saúde atuam com trombolíticos
para reduzir sequelas de derrame.
UPAs e AVC - O surgimento das
UPAs possibilitou aumento significativo no atendimento de casos de AVC no
estado. Para se ter uma ideia, a média mensal de casos de AVC nas UPAs é hoje
de mais de 360 pacientes. Esse dado representa quatro vezes mais casos de AVC
por UPA em relação a 2008.
A partir de estudos de dados como esses, o projeto de telemedicina vai atuar
nas UPAs com maior números de casos de AVC, que estarão equipadas com
tomógrafos transportáveis e terão equipes treinadas para identificar o tipo de
AVC (isquêmico ou hemorrágico). A ideia é garantir que os pacientes recebam
cuidados importantes nas primeiras seis horas após o acidente vascular, como a
administração de trombolíticos, procedimento que aumenta drasticamente as
chances de o paciente se recuperar sem sequelas.
Uma equipe no novo Hospital Estadual do Cérebro dará suporte, à distância, aos
profissionais de saúde dessas unidades, para onde os casos de maior
complexidade serão levados em ambulâncias especializadas. Com tablets equipados
com câmeras, os profissionais do SAMU, os médicos das UPAs e os especialistas
do Hospital do Cérebro irão se comunicar e analisar o caso desde o momento do
primeiro atendimento.
Números - Segundo o Ministério
da Saúde, no Brasil, o número de vítimas fatais por AVC chega a quase 100
milhões de pessoas: passou de 84.713, em 2000, para 99.726, em 2010. Atualmente,
a doença é responsável pela primeira causa de mortes registradas no país.
Sintomas - Os mais comuns do
Acidente Vascular Cerebral são a perda de força muscular de um lado do
corpo, fala enrolada, desvio da boca para um lado do rosto, sensação de
formigamento no braço, dores de cabeça súbita ou intensa, tontura, náusea e
vômito.
FONTE: Governo
do Estado do Rio de Janeiro
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