Estrutura
criada para receber grandes eventos no Rio foi apresentada pela primeira vez ao
público
Representantes
das cidades-sede da Copa, diretores dos hospitais de emergência de toda a
rede pública de saúde do RJ e também dos principais hospitais privados,
coordenadores das UPAs e dirigentes de entidades relacionadas à saúde e aos
eventos esportivos estiveram na manhã desta quarta-feira, dia 12 de setembro,
no Palácio Guanabara para conhecer um pouco sobre a experiência londrina na
organização das emergências dos hospitais públicos durante as últimas
Olimpíadas.
O médico
responsável pela coordenação das emergências nas Olimpíadas de Londres e
idealizador do Protocolo de Manchester de Triagem em Emergências, Kevin
Mackway-Jones, esteve à frente da conferência “A organização da saúde em
grandes eventos – Experiência das Olimpíadas de Londres”, promovida pela
Secretaria de Estado de Saúde (SES), em parceria com o Hospital Sírio-Libanês. A conferência
foi mediada pelo médico-comentarista de saúde e coordenador médico local
para a Copa do Mundo Rio 2014, Luis Fernando Correia, e transmitida
através de videoconferência para a sede do Sírio-Libanês em São Paulo
e retransmitida pelo hospital para as cidades-sede da Copa e também pela
rede Cievs.
- Essa é a
primeira vez que saúde pública e privada se organizam de forma conjunta. Faremos
outros encontros até 2014 e é bom contar com a colaboração de profissionais
como o Dr. Mackway-Jones, que pôde nos passar um pouco da experiência de
como lidar com eventos de grande porte. O Rio já tem a expertise do Reveillon e
Carnaval, mas queremos organizar ainda mais a assistência à saúde. Estamos
construindo um plano de contingência juntamente com a Secretaria de Estado de
Defesa Civil e com a Secretaria Municipal de Saúde – detalhou o secretário
de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes, que apresentou pela primeira vez a estrutura
que a SES está criando para receber os grandes eventos que o Rio de Janeiro vai
sediar nos próximos anos.
Legados físicos para a saúde - Está prevista a construção
da UPA Maracanã, montada especialmente para os grandes eventos na
área do estádio, a fim de reforçar os atendimentos no local; cinco Centros de
Trauma com tecnologia de ponta em salas inteligentes e equipes
multidisciplinares compostas por ortopedista, cirurgiões geral e vascular,
anestesista e neurologista treinadas a partir de um modelo inspirado no
utilizado nos EUA; Unidade Móvel de Vigilância para apoio à Unidade de Resposta
Rápida que contará com um laboratório móvel capaz de fazer análises em
situações de risco como surtos, enchentes e grande eventos; implementação do
projeto de Telemedicina, onde câmeras vão registrar cirurgias e exames em tempo
real possibilitando que especialistas que não estejam nas unidades ofereçam
pareceres e diagnósticos; do Programa Estadual de Imunização, que prevê
vacinação especial para os trabalhadores que terão contato com muitos
visitantes internacionais; e criação de novas campanhas e estratégias para
fidelizar os doadores de sangue, tornando a doação um hábito cultural e
ampliando, com isso, os estoques.
Londres - A palestra de Mackway-Jones abordou a
importância de se estabelecer protocolos padronizados de atendimento, que
permitem que todos os profissionais envolvidos realizem procedimentos da mesma
forma. Um deles, o Protocolo de Manchester de Triagem em Emergências, do qual
ele foi um dos criadores, serviu de diretriz para o atendimento nas emergências
londrinas durante os Jogos Olímpicos e já é aplicado nas emergências da rede
estadual de saúde do Rio de Janeiro.
O médico
apresentou ainda a forma como a cidade se preparou para a possibilidade de
desastres e grandes incidentes durante os Jogos e ressaltou a importância de um
plano bem estruturado onde seja possível agir no tempo certo, padronização das
ações e, principalmente, coordenadores altamente preparados para coordenar suas
equipes de forma eficiente.
Legado em Londres - Mackway-Jones acredita que o grande
legado deixado pelas Olimpíadas na capital britânica na área da saúde seja a
integração entre os órgãos envolvidos.
- Ainda é
cedo para dizer sobre todo o legado que foi deixado, mas acho que a cooperação
e a confiança entre as forças foram os principais aprendizados. Agora, a
melhoria da organização das nossas emergências está disponível para toda a
população – opinou o médico.
A
conferência com o médico britânico foi a primeira de uma série de palestras que
a Secretaria de Saúde vai promover, a fim de preparar a rede pública de saúde
para receber grandes eventos. A ideia é que um evento desse tipo seja realizado
a cada dois meses, até 2014.
O
secretário de Saúde do Paraná, René José Moreira dos Santos, esteve no evento e
elogiou a iniciativa.
- Muito
importante ter essa oportunidade de conhecer e tirar dúvidas com um
representante do trabalho de sucesso feito em Londres. Agradeço
ao Governo do Rio de Janeiro por essa oportunidade - destacou o secretário
paranaense.
LEIA MAIS:
Saiba quais
são os cinco Centros de Trauma construídos pelo Governo do Estado com
tecnologia de ponta - COM FOTOS (http://www.saude.rj.gov.br/imprensa-noticias/13126-estado-do-rio-de-janeiro-tera-cinco-centros-de-trauma-com-tecnologia-de-ponta.html)
De olho na
Copa e nas Olimpíadas, equipe da SES recebe capacitação na Universidade de Miami
(http://www.saude.rj.gov.br/imprensa-noticias/13597-equipe-da-ses-recebe-capacitacao-na-universidade-de-miami.html)
FONTE: Governo
do Estado do Rio de Janeiro
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