Com
investimento total R$ 31,24 milhões, serão abertas quatro chamadas para seleção
de projetos que busquem soluções inovadoras a serem aplicadas no SUS
O Ministério da Saúde vai investir R$ 31,24 milhões no apoio
a projetos de pesquisa que contribuam para o desenvolvimento científico,
tecnológico e a inovação do País. A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos (SCTIE), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI), abre quatro chamadas para seleção de propostas em cinco temas
da pasta: doenças negligenciadas, terapia celular, saúde bucal, fontes de
financiamento em saúde no setor público e custo operacional global das
entidades filantrópicas.
O intuito é incentivar pesquisadores a encontrar soluções
inovadoras para serem aplicadas no SUS e aprimorar o atendimento e a
assistência ao usuário. “Estes quatro editais revelam a inflexão na política de
pesquisa do ministério. Hoje a agenda de pesquisa proposta ao país segue os
grandes desafios da saúde publica desde as doenças negligenciadas até o
financiamento, passando por saúde bucal e áreas de fronteira essenciais ao
futuro da saúde como
a terapia celular/, afirma o secretário de ciência e tecnologia do Ministério
da Saúde, Carlos Gadelha.
A maior parte dos recursos está concentrada em duas áreas
consideradas prioritárias pelo ministério. De um lado, uma das áreas mais
inovadoras em medicina – a terapia celular, que utiliza células-tronco na recuperação
de órgãos e tecidos. De outro, as doenças negligenciadas, infecções que atingem
populações vulneráveis de baixo poder aquisitivo, e que por isso não atraem
investimentos dos grandes laboratórios privados.
DOENÇAS NEGLICENCIADAS - O Brasil, que já é considerado
líder mundial em pesquisas em doenças negligenciadas, pretende dar ainda maior
atenção à produção de conhecimento nessa área, investindo R$ 18 milhões na
criação de uma Rede Nacional de Pesquisa em Doenças Negligenciadas ,
que envolve nove patologias: doença de Chagas, dengue, esquistossomose,
hanseníase, helmintíases, leishmaniose, malária, tracoma e tuberculose. As
propostas devem contribuir para o aprimoramento dos programas de vigilância,
controle, erradicação e prevenção dessas doenças. A chamada para apoio a
pesquisas na área será lançada esta semana.
Outra seleção, que deverá ser lançada nos próximos dias, é a
chamada para pesquisa translacional em terapia celular. A chamada contemplará
propostas que gerem novos conhecimentos, produtos e processos biotecnológicos
com potencial avanço na saúde humana. Com esta ação, o governo quer ampliar o
uso da medicina regenerativa na recuperação de pacientes do SUS, em tratamentos
como
regeneração dos rins, coração, movimento das articulações, e problemas do
sistema nervoso. Serão investidos R$ 10 milhões nos projetos selecionados.
Do total do recurso, R$ 1,5 milhão será destinado ao apoio à
pesquisa translacional em terapia celular no âmbito da cooperação Brasil/Cuba,
com prioridade para o uso de células-tronco em doenças arteriais periféricas.
EM ANDAMENTO - Já estão abertas outras duas chamadas com
inscrições até outubro. A primeira, direcionada a projetos de apoio ao
avanço do Brasil Sorridente, do Sistema Único de Saúde (SUS), em que serão investidos
R$ 2 milhões. Os recursos serão destinados ao financiamento de itens de
custeio, capital e bolsas na modalidade fomento tecnológico.
E a segunda chamada, destinada a dois temas: fontes de
financiamento em saúde no setor público e custo operacional global das
entidades filantrópicas. O primeiro pretende selecionar propostas que
contribuam com conhecimento sobre as fontes de financiamento em saúde no setor
público. O segundo tem o objetivo de aprimorar a relação entre o custo
operacional global das ações e serviços de saúde realizados pelas entidades
beneficentes e o valor repassado pelo SUS pra remuneração dos serviços
prestados. Essas pesquisas terão investimento na ordem de R$ 1,2 milhão.
As propostas devem ser enviadas com arquivo contendo o projeto,
e encaminhadas ao CNPq exclusivamente pela internet, por intermédio do
Formulário de Propostas Online, disponível na plataforma Carlos Chagas.
Mais informações sobre os critérios de elegibilidade, etapas
do processo e julgamento podem ser encontradas nos regulamentos das chamadas,
na página do CNPq.
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