Acordo com
a Federação Nacional das Escolas Particulares vai incentivar os
estabelecimentos a oferecerem às crianças alimentos com menos sódio, açúcar e
gordura
O Ministério da Saúde lança em Porto Alegre (RS),
nesta quarta-feira (5), o Manual das Cantinas Escolares Saudáveis:
promovendo a alimentação saudável. O objetivo é incentivar as escolas particulares a oferecer lanches menos
calóricos e com maior valor nutritivo aos alunos e assim diminuir a incidência
da obesidade infantil. O manual traz diversas orientações às instituições de
ensino, como substituição de alimentos fritos por assados e industrializados
por opções mais naturais e livres de conservantes.
A iniciativa faz parte do acordo de cooperação técnica assinado entre o
Ministério da Saúde e a Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP),
que tem de perto de 18 mil escolas associadas. O evento na capital gaúcha
contará com a presença de representantes das escolas particulares vinculadas ao
SINEPE-RS – Sindicato do Ensino Privado.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca que os muitos hábitos
alimentares começam a ser formados na infância e que o ambiente escolar tem um
papel fundamental neste processo. “Oferecer um ambiente favorável às escolhas
alimentares saudáveis às crianças ajuda a prevenir a obesidade infantil”. O
ministro também reforça que a inciativa terá impacto positivo em um futuro
próximo. “Crianças com hábitos saudáveis tendem a se tornar adultos saudáveis”,
concluiu o ministro.
Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar de 2009 (POF), realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 34,8% das crianças com
idade entre 5 e 9 anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.
Já na faixa de 10 a
19 anos, 21,7% dos brasileiros apresentam excesso de peso – em 1970, este
índice estava em 3,7%. Neste grupo, o índice de massa corporal (IMC) -- razão
entre o peso e o quadrado da altura -- deve ficar entre 13 e 17. A manutenção do peso
adequado desde a infância é um dos principais fatores para a prevenção de
doenças na fase adulta.
Os maus hábitos alimentares dos estudantes brasileiros também podem ser
constatados nos resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar
(PENSE/2009). A avaliação apontou que apenas um terço dos alunos matriculados
no ensino fundamental da rede privada consome frutas e hortaliças em cinco dias
ou mais na semana. Já refrigerantes e frituras fazem parte da rotina alimentar
de 40% dos alunos.
Os hábitos ruins da infância podem se refletir na idade adulta. Nos últimos
seis anos, o Brasil tem aumentado o percentual de pessoas acima do peso. De
acordo com o Vigitel, a proporção de adultos com sobrepeso avançou de 43%, em
2006, para 49%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de
11,4% para 15,8%.
DCNT - No Brasil, 72% das mortes
registradas estão relacionadas a Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT). Pessoas obesas também têm mais chance de sofrer com doenças
cardiovasculares, além de problemas ortopédicos, asma, apneia do sono e alguns tipos
de câncer.
PLANO - Lançado em 2011, o Plano de Ações Estratégicas
para o Enfrentamento das DCNT estabeleceu metas para combater os fatores de
riscos nos próximos dez anos. Em relação à obesidade e ao excesso de
peso, a intenção do Plano é deter o crescimento entre os adultos
brasileiros e reduzir entre crianças aos mesmos patamares de 1988: 8% entre os
meninos e 5% entre as meninas, revertendo a curva atual. Já na faixa de 10 a 19 anos, o objetivo é
diminuir as taxas de 5,9% para 3,2% entre os meninos e de 4% para 2,7% entre as
meninas.
MENOS SAL – Com o objetivo de melhorar a dieta do brasileiro e promover maior qualidade de vida o Ministério da Saúde, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA) fecharam acordo voluntário para redução de sódio nos alimentos. Entre os alimentos que preveem a redução estão varias guloseimas comumente consumidas pelas crianças, como bisnaguinha, batata palha, salgadinhos de milhos e biscoitos recheados. De acordo com dados do IBGE, os adolescentes brasileiros consomem mais salgadinhos (sete vezes mais), biscoitos recheados (quatro vezes mais), biscoitos doces (mais de 2,5 vezes mais) e biscoitos salgados (50% a mais) que os adultos.
MENOS SAL – Com o objetivo de melhorar a dieta do brasileiro e promover maior qualidade de vida o Ministério da Saúde, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA) fecharam acordo voluntário para redução de sódio nos alimentos. Entre os alimentos que preveem a redução estão varias guloseimas comumente consumidas pelas crianças, como bisnaguinha, batata palha, salgadinhos de milhos e biscoitos recheados. De acordo com dados do IBGE, os adolescentes brasileiros consomem mais salgadinhos (sete vezes mais), biscoitos recheados (quatro vezes mais), biscoitos doces (mais de 2,5 vezes mais) e biscoitos salgados (50% a mais) que os adultos.
FONTE: Ministério
da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário