Estudo vai auxiliar no tratamento do câncer de osso que mais
atinge crianças e jovens
O Into iniciou, em 9 de agosto, pesquisa com células-tronco em pacientes com
diagnóstico de osteossarcoma, tumor maligno do osso que atinge, principalmente,
crianças e jovens entre 10 e 20 anos, em fase de crescimento. Esta pesquisa
inaugura uma nova linha de estudo e será a primeira realizada com
células-tronco tumorais no Centro de Pesquisa em Terapia Celular e
Bioengenharia Ortopédica do Into.
O estudo consistirá no isolamento e expansão in vitro de células-tronco
tumorais em duas fases: No momento da biópsia, realizada para a confirmação da
doença; e após o tratamento com quimioterapia. Os pesquisadores irão identificar a quantidade
de células existentes nessas duas fases e compará-las para verificar a
agressividade do tumor e o seu grau de resistência ao tratamento. Também serão
realizados testes em camundongos estéreis para provocar a doença e acompanhar o
desenvolvimento do tumor in vivo.
Segundo a chefe da Divisão de Pesquisa, Maria Eugênia Duarte, a quantidade de
células-tronco tumorais pode estar relacionada com a agressividade, a
resistência ao tratamento e a disseminação da doença no organismo. “O resultado
é que poderemos fornecer mais um elemento importante para tratar o paciente e
será possível identificar se houve resposta ao tratamento. A partir daí, os
médicos poderão programar melhor o tratamento baseado nas características
individuais de cada tumor”.
A expectativa do ortopedista Walter Meohas, cirurgião especializado no
tratamento do osteossarcoma, é de que os resultados possam contribuir para
reduzir a necessidade de amputações. “É uma pesquisa inédita que vai
revolucionar muita coisa no tratamento do câncer. Estou otimista para que dê
certo e que possamos preservar mais as crianças. É um trabalho prospectivo,
começando por quem está chegando agora para fazer a biópsia para confirmar o
diagnóstico”. O médico atende no Into e no Inca aproximadamente 31 casos por
ano de pacientes com osteossarcoma que necessitam de cirurgia oncológica.
FONTE: INTO
Nenhum comentário:
Postar um comentário