No Dia Nacional de Doação de Órgãos, quem olhar para o
Cristo Redentor nesta quinta-feira (27) à noite vai poder ver que uma das
maravilhas do mundo moderno estará iluminado da cor verde. Essa iniciativa da Igreja
Católica, em parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, é para lembrar
a população do Brasil da importância da doação de órgãos.
Aliás, a data comemorada hoje está diretamente relacionada
ao Dia de São Cosme e São Damião. Os dois santos
da Igreja são considerados os primeiros transplantadores da história. Os gêmeos
Cosme e Damião eram médicos que exerciam a profissão sem receber qualquer
pagamento. Tornaram-se padroeiros dos transplantes por terem sido os
responsáveis pela realização da primeira cirurgia desse tipo na
humanidade. No século XII, os santos
operaram o sacristão de uma igreja na Sicília, que havia sofrido gangrena em
uma das pernas e acabou resultando em uma amputação. Os dois foram a um
cemitério buscar um novo órgão. O único cadáver que poderia ser utilizado era
de um negro etíope. O transplante foi um sucesso e o sacristão passou a ter
novamente as duas pernas, agora uma de cada cor.
Novidades para o Rio de Janeiro - O governador Sérgio Cabral e o
secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes, anunciam esta tarde novidades no
Programa Estadual de Transplantes. Uma dela foi antecipada pela
coordenação do PET, através de bate-papo ao vivo com usuários das redes
sociais. o médico Rodrigo Sarlo, do PET, divulgou que o Rio
passa a contar com um Centro Estadual de Transplantes, localizado no Instituto
Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), no Humaitá. Assim, o Estado,
além de captar órgãos, passará a realizar cirurgias de transplantes de rins até
o final de 2012.
Hospital de
Saracuruna bate 11 estados brasileiros - o Hospital Estadual Adão
Pereira Nunes (HEAPN) recebeu hoje o prêmio “Destaque na Promoção da
Doação de Órgãos” pelo Ministério da Saúde. Só este ano, o HEAPN foi
responsável por 24 captações, totalizando 38 rins, 15 fígados e 2
corações. O número já é 116% maior do que todo o ano de 2011. Sozinho, o
hospital captou mais do que 11 estados brasileiros. As notificações de
potenciais doadores também cresceram, passando de 51, em 2011, para 73 até
setembro deste ano. Por trás desses resultados está o trabalho da Comissão
Intra-Hospitalar de Doações de Órgãos e Tecidos da unidade. Formado por médico,
enfermeiro, psicólogo e assistente social, o setor faz uma busca ativa em
setores como
emergência e terapias intensivas a procura de possíveis doadores de órgãos e
tecidos e contata as famílias. Conforme a resolução do Conselho Federal de
Medicina (CFM), os doadores mais indicados são os que têm morte encefálica e
por coração parado.
- Quando
ocorre a morte do paciente, o parente não tem mais nenhuma dúvida sobre
como se dá a doação. Damos a liberdade da decisão, adotando
uma cultura de atendimento humanizado. Nossa meta é contribuir para
a diminuição da fila por órgãos no estado – diz Ana Paula Machado, enfermeira
responsável pela Comissão Intra-hospitalar do HEAPN.
Como funciona o processo - Ao diagnosticar a morte encefálica,
a comissão entra em contato com o Programa Estadual de Transplantes para
organizar o processo de doação e captação de órgãos e tecidos. A
comissão tem papel fundamental neste processo, pois faz a abordagem e
entrevista familiar de solicitação e doação de órgãos e tecidos, aumentando as
chances de sucesso entre as notificações de possíveis doadores.
- Uma comissão bem estruturada e atuante contribui bastante
para todo o processo, identificando potenciais doadores e preparando
os familiares para o processo, aumentando em muito os índices de
efetivação de doações – afirma Rodrigo Sarlo, coordenador do
Programa Estadual de Transplantes.
FONTE: Governo
do Estado do Rio de Janeiro
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