O Instituto
Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu carta-patente ao processo de
obtenção de tântalo, nióbio e urânio com alta pureza desenvolvido no Instituto
de Engenharia Nuclear (IEN) pelo químico José Waldemar Dias da Cunha e equipe. A
propriedade da invenção garante à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN),
à qual o IEN é subordinado, o pagamento de royalties pela transferência da
tecnologia às indústrias de mineração. O direito tem validade de vinte anos
contados a partir do pedido de patente, registrado em 2003.
O processo, cuja descrição está no sítio do INPI, utiliza o
método de extração líquido-líquido para obter minerais estratégicos com pureza
acima de 99,9 %. Por características como alto
ponto de fusão, capacitância por volume e resistência à corrosão, o tântalo e o
nióbio têm alto valor de mercado em áreas tecnológicas como a indústria aeroespacial e a fabricação
de computadores e celulares.
"Poucos países no mundo detêm essa tecnologia",
informa o engenheiro José Alonso Martins, que integra a equipe. Ele destaca a
importância econômica da invenção, capaz de agregar índices elevados de valor
às grandes reservas brasileiras de minérios como tantalita e columbita. O Brasil
concentra cerca de 90% da produção mundial de nióbio. O urânio, encontrado
nesses minérios como
elemento associado, é matéria-prima para a produção de combustível nuclear.
Em futuros
contratos de licenciamento, um terço dos royalties recebidos pela CNEN caberão
à equipe de inventores, que inclui, além de Dias da Cunha e Martins, os
pesquisadores Glória Regina Wildhagen, Rosilda Gomes de Lima, Reginaldo Farias
da Silva, José Luís Mantovano e William Fontinha Costa.
FONTE: CNEN
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