terça-feira, 14 de agosto de 2012

Profissionais da CNEN vão capacitar autoridades reguladoras de cíclotrons e PET/CT de 17 países

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) está realizando o primeiro curso para países da América do Sul e América Central destinado a reguladores da segurança radiológica nas atividades de cíclotrons e na Tomografia por Emissão de Pósitrons. O evento de capacitação será realizado de 20 a 31 de agosto no Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) em Belo Horizonte (MG). Os alunos são de 17 países da região e serão instruídos por profissionais que atuam na CNEN.

A principal motivação do curso é o crescimento da medicina nuclear nos países envolvidos e a necessidade de atualização dos reguladores em razão de tecnologias recentes que estão tendo o uso ampliado. O conteúdo didático está focado na garantia da segurança radiológica necessária para o funcionamento dos cíclotrons, equipamentos destinados à produção de radiofármacos, e também para a manipulação de materiais radioativos e operação de equipamentos da Tomografia por Emissão de Pósitrons, técnica conhecida pela sigla PET/CT. Trata-se de uma estrutura necessária às modernas técnicas médicas que permitem a formação de imagens dos órgãos internos do corpo humano usadas para diagnóstico de diversas doenças, especialmente o câncer.

A Comissão Nacional de Energia Nuclear ficou responsável pela organização do curso e seus profissionais serão instrutores e palestrantes. A AIEA indicou apenas um perito de fora do Brasil, que virá de Cuba. A responsável pela Coordenação-Geral de Instalações Médicas e Industriais (CGMI) da CNEN, Maria Helena Marechal, integra a relação de instrutores e é também a coordenadora do evento. Na sua avaliação, “a iniciativa da AIEA foi resultado do crescente número de cíclotrons e instalações destinadas a PET na América do Sul e Central e a necessidade de aprimorar a capacidade técnica para o licenciamento deste tipo de atividade”. A escolha do Brasil como país para sediar o curso e também a relação de profissionais brasileiros encarregados de atividades de ensino reflete o bom nível técnico do País na regulação das atividades nucleares e o reconhecimento da AIEA quanto à capacidade do órgão regulador nacional.

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