A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) está
realizando o primeiro curso para países da América do Sul e América Central destinado
a reguladores da segurança radiológica nas atividades de cíclotrons e na
Tomografia por Emissão de Pósitrons. O evento de capacitação será realizado de 20 a 31 de agosto no Centro de
Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), unidade da Comissão Nacional de
Energia Nuclear (CNEN) em
Belo Horizonte (MG). Os alunos são de 17 países da região e
serão instruídos por profissionais que atuam na CNEN.
A principal
motivação do curso é o crescimento da medicina nuclear nos países envolvidos e
a necessidade de atualização dos reguladores em razão de tecnologias recentes
que estão tendo o uso ampliado. O conteúdo didático está focado na
garantia da segurança radiológica necessária para o funcionamento dos
cíclotrons, equipamentos destinados à produção de radiofármacos, e também para
a manipulação de materiais radioativos e operação de equipamentos da Tomografia
por Emissão de Pósitrons, técnica conhecida pela sigla PET/CT. Trata-se de uma
estrutura necessária às modernas técnicas médicas que permitem a formação de
imagens dos órgãos internos do corpo humano usadas para diagnóstico de diversas
doenças, especialmente o câncer.
A Comissão
Nacional de Energia Nuclear ficou responsável pela organização do curso e seus
profissionais serão instrutores e palestrantes. A AIEA
indicou apenas um perito de fora do Brasil, que virá de Cuba . A
responsável pela Coordenação-Geral de Instalações Médicas e Industriais (CGMI)
da CNEN, Maria Helena Marechal, integra a relação de instrutores e é também a
coordenadora do evento. Na sua avaliação, “a iniciativa da AIEA foi resultado do crescente número de
cíclotrons e instalações destinadas a PET na América do Sul e Central e a
necessidade de aprimorar a capacidade técnica para o licenciamento deste tipo
de atividade”. A escolha do Brasil como país
para sediar o curso e também a relação de profissionais brasileiros
encarregados de atividades de ensino reflete o bom nível técnico do País na
regulação das atividades nucleares e o reconhecimento da AIEA quanto à capacidade do órgão regulador
nacional.
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