Iniciativa faz parte da programação do 3º Seminário
de Cirurgias Preventivas e Reparadoras em Hanseníase. Serão
10 cirurgias por dia
Durante a próxima semana – de 6 a 10 de agosto – será realizado
o 3º Seminário de Cirurgias Preventivas e Reparadoras em Hanseníase, no
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Iniciativa da gerência de
Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde (SES), em parceria com
o Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ, a Sociedade Brasileira de
Dermatologia/RJ e o Ministério da Saúde.
O evento promoverá um mutirão de cirurgias preventivas
e reabilitadoras de pacientes com hanseníase como treinamento prático. A hanseníase é uma
doença silenciosa, que, muitas vezes, se manifesta com sintomas pouco
valorizados pelos pacientes e que pode causar incapacidades e deformidades se
não for tratada precocemente.
O mutirão
de cirurgias será realizado por residentes de Ortopedia e Cirurgia Plástica dos
serviços de saúde e Serviços Universitários sob orientação de médicos
especialistas. Trinta e dois pacientes de sete municípios do estado
foram selecionados para receber o atendimento. As intervenções serão realizadas
quarta, quinta e sexta-feira (8, 9 e 10/08), no Hospital Clementino Fraga
Filho.
- Muitos
pacientes ficam com sequelas motoras por conta da doença e necessitam passar
por cirurgia para garantir uma melhor qualidade de vida e retornar às suas
atividades normais. Estamos realizando esse mutirão, mas a agenda
de cirurgias segue normalmente no hospital – explica a
gerente de Dermatologia Sanitária da SES, Kédman Trindade Mello.
Além das
cirurgias, o Seminário terá uma programação de palestras e aulas.
Número de casos – Segundo dados preliminares, a
hanseníase fez 33.955 novas vítimas no país em
2011, 1.719 somente no estado do Rio .
Esse número representaria uma queda no número de casos se comparado a 2010,
quando foram registrados 1.762 casos em todo o estado.
A doença - A
hanseníase é uma doença infecto-contagiosa crônica, que atinge, principalmente,
as células cutâneas e células dos nervos periféricos, mas tem tratamento e
cura, que pode chegar a mais de 80% dos casos quando detectada precocemente. Em
função do potencial incapacitante, a doença é de notificação compulsória em
todo o território nacional.
Anualmente,
a subsecretaria de Vigilância em Saúde, através da gerência de Dermatologia,
promove capacitações para todos os municípios do estado que abordam o
diagnóstico e o tratamento da doença, promovendo a atualização dos médicos,
divulgando ações de controle, prevenção das incapacidades, gerência e
capacitação de enfermeiros para atuarem como multiplicadores entre os agentes
de saúde, entre outros assuntos. A ideia é descentralizar o atendimento
da hanseníase, permitindo que os municípios estejam aptos para o tratamento da
doença, facilitando, com isso, a detecção dos casos e a terapêutica precoce.
Situação no país - Apesar
de o Brasil ter a situação mais desfavorável da hanseníase nas Américas e o
segundo maior número de casos novos no mundo, entre 2010 e 2011 o percentual de
detecção de casos novos caiu 15% no país. Entre menores de 15 anos, este número
baixou em 11%. A meta é que até 2015 haja menos de um caso de hanseníase para
cada grupo de 10 mil habitantes. As regiões Norte e Nordeste são as que
apresentam a maior incidência de casos.
O Ministério da Saúde tem incentivado a mobilização dos
municípios prioritários através do Plano de Eliminação da Hanseníase. Ao todo,
245 municípios receberão recursos adicionais que somam R$ 16 milhões. Esses
recursos devem começar a ser liberados ainda neste mês. As secretarias
municipais de saúde deverão desenvolver ações como busca ativa de casos novos, tratamento e
acompanhamento de portadores da doença, prevenção de incapacidades e
reabilitação e vigilância dos contatos no domicílio dos pacientes.
Mais informações
sobre a hanseníase estão disponíveis em http://www.riocomsaude.rj.gov.br
FONTE: Governo
do Estado do Rio de Janeiro
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